sexta-feira, 14 de junho de 2013

Saiba mais sobre os produtos em estanho


Em estado puro, o estanho se apresenta com baixo grau de dureza, ou seja, é macio demais para ser usado sozinho. Por isso, a fabricação dos artefatos exige sua liga com outros metais, de forma a conferir-lhe maior dureza e resistência a impactos.
O estanho do Brasil utiliza uma liga mundialmente conhecida como “Liga pewter”, completamente isenta de chumbo, contendo 95% de estanho e o restante de cobre e antimônio, as soldas são feitas com uma mistura de estanho e bismuto.
O metal é excelente condutor térmico, transmitindo com facilidade as sensações de frio e quente. Mas, por ser quimicamente estável, não altera o sabor das bebidas e alimentos, tanto que as latas de conservar são revestidas em estanho exatamente para proteger seus conteúdos.
Outra curiosidade sobre o estanho: ao contrario do que muitos pensam, sua cor original é polida e lustrosa como a prata. O tom acinzentado que vemos em algumas peças – e que alguns consumidores consideram esteticamente mais atrativo – se deve à má conservação, ou a pátina propositais de envelhecimento acetinado e imersão em banhos químicos.
Uma das razões para a revitalização do estanho nas galerias de artesanato e lojas de decoração é o raro valor agregado à sua fabricação, que envolve recursos oficinais de modelagem e fundição e fundição, mas não pode dispensar a contribuição da mão humana no caprichoso acabamento das peças.
O roteiro de produção das peças percorre cinco processos distintos. Começa pela fundição da liga pewter (estanho, antimônio e cobre) conformada em barras ou lingotes de aproximadamente 25 kg, que são derretidos a 232 graus Celsius e despejados nas formas de ferro fundido referentes a cada modelo de peça. Da fundição saem objetos primários que, ao longo do processo, vão se transformando em obre de arte.
Os processos de soldagem e montagem acontecem simultaneamente. Em seguida, as peças são torneadas e finalmente recebem o polimento ou, em alguns casos, banhos químicos e de cevada para as pátinas de envelhecimento.
Por tudo isso, a produção do estanho ainda evoca o ambiente das corporações medievais de oficio, com aprendizes e mestres, lado a lado com instalações semi-industriais.

Curiosidade – Picheleiro, antigo nome que se dava à pessoa que trabalhava com estanho. A palavra deriva de “pichel”, pequeno vaso ou taça de estanho usado para retirar vinho das pipas e, naturalmente, bebê-lo.

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